‘‘E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai’’ Jo 1.14
Uma das doutrinas mais importantes do cristianismo é a da encarnação de Cristo. Os evangelhos são claros quando ensinam que o Deus Filho entrou no tempo, tomando para si a natureza humana, de modo que na pessoa de Jesus Cristo há uma união entre as naturezas divina e humana. De acordo com esta doutrina, aquele que é atemporal entrou no tempo. O eterno se fez também finito. O criador se tornou também criatura.
O apóstolo João é claro ao dizer que o Verbo, que é Cristo, se fez carne e habitou entre nós. Ele não somente tomou para si um corpo humano, mas viveu entre nós, como um de nós, ainda que sem pecado. E ele habitou entre os homens cheio de graça e de verdade, de modo que, em sua pessoa e em suas ações, as testemunhas oculares puderam ver a sua glória, glória como sendo do Filho eterno de Deus.
Entender que Cristo veio em carne é essencial para a nossa fé, porque somente alguém com um corpo material pode ser crucificado, morrer e ressuscitar. Espíritos não sangram e nem morrem. A doutrina bíblica da expiação do pecado por meio do sacrifício de Jesus só é possível devido à sua encarnação. Se Cristo não veio em carne, ele não morreu por nós. Compreender que Jesus possui a natureza humana nos lembra também do fato de que ele conhece muito bem o sofrimento e as angústias que experimentamos. Ele não conhece as nossas dores somente de ouvir falar, mas as sentiu em seu corpo, que foi dolorosamente pendurado em uma cruz no Calvário à vista de todos quantos quisessem ver.
Se em algum momento alguém lhe disser que Jesus não veio em carne, lembre-se de que, se assim fosse, não haveria esperança para nós. Porque ele veio em carne, e continua encarnado, temos firme esperança, certos de que nossos pecados foram perdoados, e temos alguém que intercede por nós junto ao Pai, alguém que é conhecedor dos nossos medos, aflições e inseguranças.
Rev. Christofer Cruz
