“Bendito seja Deus, que não me rejeita a oração, nem aparta de mim a sua graça” Salmo 66.20
Não há maior conforto e alegria do que sabermos que estamos seguros. O medo produz ansiedade, retira a leveza da vida. A segurança, por sua vez, traz tranquilidade e paz. Essa é uma das consequências da doutrina da aliança.
O pacto que o Senhor fizera conosco nos coloca numa posição de grande privilégio. Esse privilégio, no entanto, não é por merecimento nosso, mas por graça divina. Nós somos pecadores, falhos, quebramos a lei do Senhor diariamente e, por conta disso, o que merecemos é o seu santo juízo e a condenação eterna. Deus, no entanto, movido por seu amor redentivo, por sua misericórdia e graça, não nos dá o que merecemos, mas nos agracia com seu santo cuidado e, quando necessário, com sua santa disciplina.
O pacto da aliança nos assegura na verdade de que, não importa o quão falhos sejamos, Deus sempre nos tratará melhor do que merecemos, e jamais reterá de nós a sua salvação. O Senhor obrigou-se a isso ao entrar em aliança conosco, e prova disso foi o fato de ele mesmo, na pessoa do Deus Filho, Jesus Cristo, ter se sacrificado em nosso lugar, a fim de pagar o preço pelos pecados da sua Igreja. É exatamente por isso que nós, reformados, não dizemos que Deus é fiel a nós, mas que Deus é fiel a ele mesmo. O fato de estarmos vivos e de, como santos, desfrutarmos do cuidado paternal de Deus se dá por causa da fidelidade do Senhor às suas próprias promessas. O compromisso divino para com os seus filhos é, antes, um compromisso dele para com ele mesmo.
Por isso é que o Senhor diz: “Por amor do meu nome, retardarei a minha ira… Por amor de mim, por amor de mim, é que faço isto, porque como seria profanado o meu nome?” (Is 48.9,11).
Alegre-se e rejubile-se no fato de que, independentemente de qualquer coisa, por causa da fidelidade de Deus à sua santa aliança, ele sempre estará conosco, cuidando de nós em cada instante, e também nos corrigindo quando necessário!
Rev. Christofer Cruz